Uma amiga, daquelas que existe uma num milhão, fez anos. Andei às voltas a pensar no que lhe poderia oferecer, mas nada me ocorria. Eis que me lembrei de algo, algo especial, como ela: "O Principezinho". Sim, o livro, aquele que todos dizem ser para crianças.
Quando o tirou do embrulho, ficou a olhar para mim com uma cara do género "tás a gozar comigo". Já estava à espera que a reacção fosse essa. Disse-lhe simplesmente para lê-lo com o coração e depois perceberia porque lho oferecera.
A primeira vez que tentei ler este livro (digo tentei porque nem o consegui acabar) tinha 13 anos. Lembro-me que fiquei muito desiludida, não sabia se comigo (será que eu era a única que não gostava de um livro sobre o qual todos diziam maravilhas?) ou se com o livro em si. Só passados 10 anos, quando peguei nele novamente e o voltei a ler, consegui perceber o porquê da minha resistência inicial: simplesmente porque aos 13 anos, não tinha capacidade para perceber a sua profundidade.
Não minto quando digo que já li este livro pelo menos 10 vezes. E em cada vez que o leio descubro sempre algo que nunca tinha visto antes: uma nova frase, um novo significado, uma nova filosofia, um novo caminho, uma nova interpretação. E apaixono-me novamente, ainda mais do que da última vez. Como é possível que num livro tão pequeno, de frases tão simples e curtas, estejam escondidas tão grandes lições de vida!
Já decidi que vou continuar a oferecer este livro a quem considero especial na minha vida, pois quero que cada uma dessas pessoas perceba, tal como o pequeno príncipe percebeu, que "o essencial é invisível aos olhos".
Era 'isto' que esperava (e sabia), ir encontrar por aqui...)). E que não te preocupe a ausência de comentários. As futilidades batem as utilidades aos pontos e poucos são os que se atrevem a comentar coisas d'alma. Mas gostam...
ResponderEliminarContinua assim. Continua connosco...))
;)
EliminarAdoro a maneira como escreves, adoro a maneira como me inspiras... continua assim, a confortar as minhas manhãs/tardes com as tuas palavras!
ResponderEliminarGosto muito! Sempre que posso dou cá um pulinho! :)
E eu adoro a tua companhia! Obrigada amiga*
EliminarDos livros mais bonitos que existem. Dos livros mais cativantes que existem!
ResponderEliminarGosto muito destes excertos:
"- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa.
Significa criar laços..."
"Vou-te contar o tal segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos..."
:)
Beijinhos,
AR
Cativante é a palavra certa para descrever este livro! Como diz o principezinho, "és eternamente responsável por aquilo que cativas". Obrigada pelas palavras! :)
EliminarBom, lá vou eu ter de ler o Principezinho. Também o li quando tinha 12 anos e detestei-o... não o percebi e para quem devorava livros dos cinco e todos os outros da Enid Blyton, o Saint-Exupéry não tinha grande graça. Tardei...mas prometo que o vou ler no meu ano do meio século. Tenho tanta coisa que me prometi fazer neste ano... :P
ResponderEliminarEstás empre a tempo ;)
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